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Ricardo de João Braga
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Farol
4/3/2022 | Atualizado às 11:47
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A ideia em um segundo O MDB continua sendo o maior partido no Senado Federal. Contudo, ele o PP terão o maior número de senadores deixando o mandato ao final da legislatura. Se quiserem manter suas bancadas precisarão de um grande sucesso eleitoral. Na mão contrária encontram-se o PSD e o PT que veem menos filiados perdendo mandatos no Senado em janeiro de 2023. Quanto aos governadores, nove não podem concorrer à reeleição, enquanto 18 estão habilitados. Como regra geral, governadores que concorrem à reeleição conseguem controlar melhor o cenário político em seus estados, o que dá mais previsibilidade às eleições para o governo e para o Senado. Por fim, daqueles governadores que não podem concorrer novamente, sete são do Nordeste, o que aumenta a importância do ex-presidente Lula em outubro, pois é o maior cabo eleitoral junto ao povo nordestino. |
As próximas eleições poderão vir a mudar fortemente a correlação de forças entre os partidos no Senado (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)[/caption]
O Farol traz esta semana uma primeira abordagem sobre as eleições para o Senado Federal, em seguimento à discussão da semana passada sobre a Câmara dos Deputados. Apresentamos ao leitor um panorama da situação dos partidos na Câmara Alta, identificando aqueles com mais em jogo nesta eleição de 2022. Ainda, uma visada nas condições estaduais, em particular se o governador em exercício pode concorrer à reeleição, dá indícios do grau de dificuldade na montagem das chapas estaduais.

A tabela a seguir mostra os desafios de cada partido para manterem suas bancadas em 2023. Embora a maior, o MDB verá seis dos seus 16 senadores terminando o mandato nesta legislatura. Trata-se de uma perda de 37,5%. Neste quesito, entre os partidos com mais de cinco cadeiras, a pior situação é do PP, que verá três de seus sete representantes terminarem mandatos, uma perda de 42,9%.
Na mão contrária, vale destacar a situação mais confortável de PT e PSD. O primeiro vê o término de mandato de dois senadores num total de 7, 28,6%, e o PSD três em 11, 27,3%. Se o presidente Lula mantiver seu favoritismo, pode-se contar que seu partido e aliados, como o próprio PSD - que vem recebendo abordagens importantes dos petistas - podem beneficiar-se com um aumento de bancadas.
| 1º | 2º | Total | 2º/Total | |
| MDB | 10 | 6 | 16 | 37,5% |
| PSD | 8 | 3 | 11 | 27,3% |
| PODEMOS | 6 | 3 | 9 | 33,3% |
| PP | 4 | 3 | 7 | 42,9% |
| PT | 5 | 2 | 7 | 28,6% |
| PL | 4 | 2 | 6 | 33,3% |
| PSDB | 4 | 2 | 6 | 33,3% |
| DEM | 2 | 2 | 4 | 50,0% |
| CIDADANIA | 3 | 0 | 3 | 0,0% |
| PDT | 2 | 1 | 3 | 33,3% |
| PROS | 1 | 2 | 3 | 66,7% |
| PSL | 2 | 0 | 2 | 0,0% |
| PSC | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
| REDE | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
| REPUBLICANOS | 1 | 0 | 1 | 0,0% |
O MDB já teve caciques mais poderosos. Mas alguns, como Renan Calheiros, ainda dão força ao partido (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)[/caption]
As informações anteriores nos ajudam a entender o grande quadro de forças do Senado Federal, contudo, a eleição se faz ao nível do estado. Aqui, trazemos uma primeira informação importante para a configuração das chapas, a possibilidade de o governador em exercício disputar a eleição.
O fato do governador poder disputar a eleição dá uma certa estabilidade à sua própria chapa, a ser composta por candidatos a governador, vice-governador e senador. O fato de o governador em exercício disputar a reeleição permite em primeiro lugar resolver desde logo quem será o candidato ao cargo mais importante e dá condições a ele de gerenciar com mais recursos a montagem dos apoios e a indicação dos demais concorrentes.
Quanto à oposição, a possibilidade de o governador concorrer novamente ao cargo permite uma leitura mais clara do cenário. Se o governador segue bem avaliado, disputar contra ele torna-se uma tarefa ingrata e o cargo de senador pode mostrar-se mais atrativo, por estar em aberto. Já um governador mal avaliado ou que não concorre à reeleição, mesmo que indique alguém de seu grupo para fazê-lo, torna menos difícil a vida da oposição. O peso do incumbente, como se vê em eleições no Brasil e mundo afora, é sempre significativo.
| UF | SENADOR QUE DEIXA O CARGO | PARTIDO | Governador/Pode Reeleição |
| AC | Mailza Gomes | PP | SIM |
| AL | Fernando Collor | PROS | NÃO |
| AM | Omar Aziz | PSD | SIM |
| AP | Davi Alcolumbre | DEM | NÃO |
| BA | Otto Alencar | PSD | NÃO |
| CE | NÃO | ||
| DF | Reguffe | PODEMOS | SIM |
| ES | Rose de Freitas | MDB | SIM |
| GO | Luiz do Carmo | MDB | SIM |
| MA | Roberto Rocha | PSDB | NÃO |
| MG | Alexandre Silveira | PSD | SIM |
| MS | Simone Tebet | MDB | NÃO |
| MT | Wellington Fagundes | PL | SIM |
| PA | Paulo Rocha | PT | SIM |
| PB | Nilda Gondim | MDB | SIM |
| PE | Fernando Bezerra Coelho | MDB | NÃO |
| PI | Elmano Férrer | PP | NÃO |
| PR | Alvaro Dias | PODEMOS | SIM |
| RJ | Romário | PL | SIM |
| RN | Jean Paul Prates | PT | SIM |
| RO | Acir Gurgacz | PDT | SIM |
| RR | Telmário Mota | PROS | SIM |
| RS | Lasier Martins | PODEMOS | SIM |
| SC | Dario Berger | MDB | SIM |
| SE | Maria do Carmo Alves | DEM | NÃO |
| SP | José Serra | PSDB | SIM |
| TO | Katia Abreu | PP | SIM |
| CHAPA QUENTE | GELADEIRA |
| Novas pesquisas voltaram a apontar para uma aproximação do presidente Jair Bolsonaro para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a corrida eleitoral. Há uma pequena melhora também nos níveis de avaliação do governo e crença na retomada da economia. Até que ponto esse crescimento percebido agora se sustentará no futuro e aproximará os dois candidatos que lideram, somente os próximos levantamentos poderão dizer. | Há, porém, situações que vão precisar ser observadas para que se verifique de fato uma melhora que se reverta em recuperação para Bolsonaro. O recrudescimento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia já fez aumentar o preço dos combustíveis e deverá impactar na inflação como um todo. O que pode reverter a expectativa de melhora na economia. Os erros de Bolsonaro no seu posicionamento com relação ao conflito no Leste Europeu podem ajudar a impactar a crise econômica no Brasil, atrapalhando o ambiente de melhora que agora parece agir em seu favor. |
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Política paulista
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