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Beth Veloso
Beth Veloso
19/12/2016 | Atualizado 20/12/2016 às 14:48
[fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Na lista das coisas que não mudaram, estão: a falta de agilidade no modelo de liberação de outorgas para estimular maior competitividade no mercado, inclusive de banda larga; o não uso dos fundos públicos do setor de telecomunicações; a dificuldade de reduzir a burocracia regulatória (mais de 21 tipos diferentes de licença) e de aumentar os incentivos para a infraestrutura de banda larga; a necessidade de criar uma política industrial voltada para inovação, produto e consumo; a redução da carga tributária em telecomunicações - a mais alta do mundo - e a adoção de política de universalização do acesso em banda larga, em especial o acesso fixo. Fortalecer o órgão regulador, por meio do descontingenciamento dos recursos do Fistel, o fundo de fiscalização dos serviços de telecomunicações, é outra medida fundamental, sem falar na proposta de isentar tributos na cadeia produtiva dos smarthphones; combater os crimes cibernéticos, por meio de cadastros que impeçam o anonimato no uso de celulares móveis.
Telecomunicações no Brasil não é mais um setor secundário. Conforme dados do próprio sindicato das empresas, a síntese da potência da locomotiva das telecomunicações é a seguinte: "340 milhões de clientes, a quinta maior infraestrutura do mundo, emprega 500 mil trabalhadores, representa 6% do PIB nacional, recolhe ao ano R$ 60 bilhões de impostos e já investiu R$ 680 bilhões para a construção do maior programa de inclusão social do país. As facilidades proporcionadas pelas telecomunicações já fazem parte, de forma indissociável, da vida dos brasileiros, das empresas, da economia e da sociedade" (Carta de Brasília 2016).
A agenda é extensa, os problemas são enormes, a má qualidade dos serviços é a maior pendência e, pelo menos, em 2016, o consumidor livrou-se do risco de pagar franquia de dados na banda larga fixa, medida que poderia acabar com o wifi gratuito em locais públicos. Torcer para que a operadora Oi possa sobreviver por mais um ano; resgatar o plano do governo de expansão da banda larga; trabalhar pela melhoria na qualidade dos serviços e, especialmente e sobretudo, no relacionamento com o consumidor; e recuperar o combalido orçamento da Anatel, de modo a aumentar a independência da agência e aprimorar sua atuação fiscalizatória são bons cenários para o futuro próximo.
As empresas já apresentaram a sua agenda e trabalham nela com afinco! Resta saber qual é a agenda do governo para as telecomunicações no Brasil em 2017!!!
*A autora retifica que o PL 3453/2015 foi aprovado pelo Senado e aguarda agora a sanção presidencial.
Se você quiser comentar, escreva para nós: [email protected].
Coluna produzida originalmente para o programa Papo de Futuro, da Rádio Câmara. Pode haver diferença entre o áudio e o texto.
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