Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Especialistas criticam "jabutis" na MP da Eletrobras e apontam custo ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Especialistas criticam "jabutis" na MP da Eletrobras e apontam custo bilionário

Congresso em Foco

3/6/2021 13:02

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Privatização da Eletrobras deve render R$ 100 bilhões ao governo. Foto: Eletrobras

Privatização da Eletrobras deve render R$ 100 bilhões ao governo. Foto: Eletrobras
Alterações aprovadas pela Câmara dos Deputados na MP 1.031/2021, que trata da privatização da Eletrobras, devem gerar um custo bilionário aos consumidores. É o que afirmaram especialistas em sessão temática do Senado sobre a medida provisória. O presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) e representante do Movimento União pela Energia, Paulo Pedrosa, citou estudo feito pelo grupo segundo o qual os "jabutis" da MP custarão cerca de R$ 57 bilhões. O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. "Em relação à MP original, nós, inclusive, manifestamos posição de que somos favoráveis, mas ela se tornou cara demais para a sociedade com as inclusões que foram feitas na Câmara. Em quatro dias, a Câmara fez uma minirreforma do setor elétrico que desmoderniza o setor", disse. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), Lucien Bernard Mulder, foi além e citou que o custo pode chegar a R$ 67 bilhões. "Para que a gente privatize a Eletrobras, com os jabutis, nós estamos falando que o custo por brasileiro, de privatizar a Eletrobras, é de R$ 335. Ou seja, é como se cada brasileiro tivesse que dar um cheque de R$335 para que a gente pudesse privatizar a Eletrobras. Isso é custo para todos os brasileiros consumidores residenciais, mas para a indústria é dramático", disse Lucien. O líder da Minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), conduziu os debates nesta quarta-feira (2) e ressaltou que o tema não deveria ser tratado com urgência em meio ao estado de calamidade pública enfrentado pelo país. "A crise sanitária e a crise econômica nos aconselham a adiar decisões de longo prazo, que não são nem urgentes, nem necessárias para a superação da pandemia", afirmou. A versão da MP da Eletrobras aprovada pela Câmara na semana passada, e em análise pelo Senado, prevê a contratação de energia de reserva de termelétricas. De acordo com o diretor do Instituto ClimaInfo, Shigueo Watanabe Júnior, essa obrigação ampliará em 50% a emissão de carbono pelo sistema elétrico brasileiro. "Essas usinas serão um obstáculo importante para a meta de atingirmos a neutralidade climática em 2050", apontou Watanabe. O dispositivo enxertado na MP, ressalta o especialista, causará imensas dificuldades para que o Brasil possa contribuir para desacelerar a mudança climática, "que já é a causas dessas secas que a gente está atravessando". Não se trata, enfatizou ele, de "ter menos furacão no Caribe. Mas de garantir a plantação de soja e o funcionamento das hidrelétricas no Brasil". Para Clarice Campelo de Ferraz, do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), faltam análises do impacto regulatório e tarifário da privatização da companhia. "É o coração dessa proposta que nos preocupa, é a descotização das hidrelétricas e a perda de controle sobre os reservatórios [...] Não é assim que a gente tem que definir o futuro do Brasil, porque é disso que se trata". Na sessão temática sobre a MP realizada pelo Senado, o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério de Minas e Energia, Hailton Madureira de Almeida, defendeu o modelo de desestatização previsto na MP e disse que as mudanças vão melhorar a capacidade de investimento da companhia. "Entendemos que a capitalização vai tornar a Eletrobras mais forte para investir. E, de fato, ela, mais forte, com mais capacidade de investimento, vai poder voltar a investir nas regiões em que atua. E assim, só assim, entendemos que a empresa vai poder voltar a ter o papel de gerar emprego, renda e energia de qualidade", disse. A MP tem sofrido duras críticas e, para o presidente da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás (AESEL), Ikaro Chaves, é a "cloroquina do setor elétrico". "Ela não resolve os problemas e ela pode matar o paciente, é disso que nós estamos tratando aqui", disse. "Como criar um ambiente competitivo, criando uma empresa privada, controlada provavelmente por fundos internacionais e com 30% de toda a capacidade de geração do país, com 52% da água armazenada e com 43% da capacidade de geração hidroelétrica, que é base do sistema? Uma empresa dessa vai ter um poder de mercado desmensurado", disse Ikaro. > Privatização da Eletrobras: veja como cada deputado votou a MP
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado Câmara setor elétrico Aneel consumidor eletrobras energia privatização usinas PCH termelétricas desestatização emissão de carbono MME Jean-Paul Prates Abrace MP 1031/2021 captalização Ilumina Aesel ClimaInfo Abividro térmicas

Temas

Meio Ambiente Economia

LEIA MAIS

AGENDA DA SEMANA

Pauta do Senado tem projeto de aumento do número de deputados

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

JUDICIÁRIO

Moraes determina soltura do ex-ministro Gilson Machado, preso em PE

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES