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Congresso em Foco
15/6/2016 | Atualizado às 0:56
[fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) para o Projeto de Lei 4918/16, do Senado, que estabelece regras para nomeação de dirigentes de estatais dos três níveis de governo (União, estados e municípios), normas para licitações e práticas de transparência.
Devido a um acordo entre os partidos que permitiu a incorporação de várias emendas ao texto, as legendas desistiram de destaques apresentados. A matéria retorna ao Senado devido às mudanças.
Entre as alterações propostas pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), ou por ele incorporadas destacam-se o aumento de 10 para 20 anos do prazo para as sociedades de economia mista ofertarem 25% de suas ações em bolsa de valores; a diminuição de 25% para 20% de conselheiros independentes nos conselhos de administração; e a possibilidade de profissionais liberais exercerem cargos em estatais.
Ele também retirou do texto do Senado a proibição de nomeação como dirigente de estatais quem tenha feito parte de estrutura partidária nos últimos três anos. Em seguida, a Ordem do Dia foi encerrada.
Polêmica
Deputados divergiram sobre benefícios e prejuízos causados a empresas estatais e sociedades de economia mista pelo Projeto de Lei 4918/16.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que o projeto não melhora a governança corporativa das estatais. "Isso é uma falácia. Ele [o projeto] impõe a presença de 25% de representantes do mercado - ditos independentes - no conselho de administração das estatais. Isso quer dizer que nós teremos representantes de concorrentes do mercado compondo uma parte do conselho de administração das estatais", disse a deputada.
Também crítico ao projeto, o líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), disse que o sentido geral é fazer um alinhamento das estatais com o mercado, atendendo a uma pressão do próprio mercado. Para ele, é absurda a restrição à participação de dirigentes sindicais ou de pessoas com ligação a partido político nos conselhos das estatais. "Ora, isso é discriminação com aqueles que, muitas vezes, defendem os interesses estatais ao lado dos trabalhadores", criticou Almeida.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o objetivo da proposta é favorecer a influência do mercado na administração das estatais. "Um dirigente de um banco privado, com experiência, pode integrar o conselho de administração da estatal, mas um ex-dirigente sindical não pode?", questionou.
Competitividade
Para o deputado Fábio Sousa (PSDB-GO), o projeto aumenta a competitividade e melhora o nível de profissionalização das estatais. "Após todos esses escândalos de corrupção envolvendo estatais e as nomeações feitas para suas diretorias, eu penso que é esse, sim, o momento de discutirmos sobre a participação de pessoas com envolvimento político nos conselhos das estatais", disse ele.
Favorável às novas regras para empresas públicas, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) disse que o texto que veio do Senado permite avanços, sobretudo ao fazer com que as estatais sejam dirigidas de forma técnica e transparente.
Rocha alertou, no entanto, que assuntos que já foram rejeitados no Senado não devem retornar à proposta. "Um exemplo é a obrigatoriedade de as empresas públicas se tornarem sociedades anônimas. Não podemos abrir para o mercado privado ou levar essas empresas para o caminho da privatização", disse.
[caption id="attachment_248546" align="alignright" width="360" caption="Relator da matéria, Arthur Maia acatou diversas alterações de conteúdo"]Tags
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