Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. O homem pode trabalhar. Será que ele quer? | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Ricardo de João Braga

Força, Marina Silva! Sua trajetória e sua luta nos honram!

Ricardo de João Braga

Melhore o mundo! Dissolva o Medo

Ricardo de João Braga

Golpe de 8 de janeiro. Eu já sabia...

Ricardo de João Braga

O labirinto eleitoral do bolsonarismo

Ricardo de João Braga

A crise da democracia e os abacates de Neruda

O homem pode trabalhar. Será que ele quer?

Ricardo de João Braga

Ricardo de João Braga

André Sathler

André Sathler

5/3/2021 | Atualizado 27/7/2021 às 14:13

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

[vc_row][vc_column][vc_column_text]
A ideia em um segundo Constantemente o presidente Jair Bolsonaro se exime de responsabilidade pela inação do governo e acusa o Congresso de não deixá-lo governar. Não é bem assim. Pelo contrário,  o  Índice do Congresso em Foco (ICF) demonstra que Bolsonaro alcançou, ao longo do segundo semestre de 2020, a maior média de votos favoráveis na Câmara. O início das novas gestões nas duas casas legislativas também confirma um alto potencial de apoio às iniciativas do Executivo no Legislativo, o que move os olhares para o que o presidente da República realmente vai querer fazer.Mas ele vai querer fazer algo?
[caption id="attachment_484522" align="aligncenter" width="799"] Bolsonaro no acionamento das comportas de trecho do Ramal do Agreste. Presidente desafina ao não aproveitar o apoio que tem no Congresso [fotografo] Alan Santos/PR [/fotografo][/caption]

Campeão de votos

Jair Bolsonaro encerrou 2020 com um impressionante apoio na Câmara dos Deputados. O Índice Congresso em Foco (ICF) para o segundo semestre de 2020 foi 0,74, o que correspondeu a uma média, em termos de votos favoráveis (votos de acordo com a orientação do governo - votações nominais), de 294 votos. Um recorde para essa série histórica, iniciada no último ano do governo Lula. Criado pelo Congresso em Foco, o ICF mede o percentual de governabilidade, ou sustentabilidade legislativa, do Poder Executivo, fator importante no regime do presidencialismo de coalizão. Para chegar a esse índice, são identificadas todas as votações nominais no plenário em que ficou registrada a orientação do governo e é medida a quantidade de votos em conformidade com essa orientação. O índice varia entre 0 e 1, sendo 1 a totalidade de votos conforme a orientação do governo.

Representação: um espelho?

O gráfico a seguir trabalha o ICF comparado com o índice de aprovação do governo, aferido pelo Datafolha no mesmo período. Se a representação (deputados eleitos) fosse exatamente um espelho do grau de satisfação popular, as duas curvas seriam idênticas.  Percebe-se que Bolsonaro mantém praticamente uma aprovação superior na Câmara dos Deputados do que entre a população. Em abril de 2020, o ICF esteve abaixo da aprovação popular - mês em que as provocações presidenciais aos demais poderes, inclusive o Congresso, tiveram um auge.  [caption id="attachment_484532" align="aligncenter" width="1024"] Protesto contra política educacional do governo Bolsonaro em Barbalha, no Ceará [fotografo]Leandro Medeiros/Mídia Ninja[/fotografo][/caption]Em agosto de 2020 a aprovação popular supera novamente o ICF, o que se mantém em dezembro do mesmo ano - considera-se aqui o efeito do auxílio emergencial. Em resumo: há alguma lógica no complexo sistema político-decisório nacional.

Aprovação popular x aprovação parlamentar

Sob nova direção

Como o Farol alertou diversas vezes, os resultados mostrados ratificam o efeito da aliança do presidente da República com o Centrão. Aliança que se turbina com a eleição de um membro do Centrão para a presidência da Câmara dos Deputados. Arthur Lira venceu com 302 votos. Uma das primeiras propostas de mais fôlego apreciadas em sua gestão - a autonomia do Banco Central - foi aprovada com 339 votos favoráveis, quantidade superior ao necessário para se aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC). 

O que será do Centrão?

Compara-se o perfil pessoal de Arthur Lira ao de Eduardo Cunha. Entretanto, é preciso lembrar que o contexto da presidência de cada um traz um elemento essencial que se diferencia: o alinhamento do primeiro e o antagonismo do segundo com o mandatário do Planalto na ocasião. Essa perspectiva, somada à governabilidade latente que Bolsonaro alcançou, demonstrada pelas análises anteriores, abre uma perspectiva de avanço na arena decisória federal.  [caption id="attachment_484533" align="aligncenter" width="850"] Arthur Lira lidera ofensiva antilavajatista na Câmara [fotografo]Luis Macedo/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]Contudo, como o Farol tem apontado, a agenda do Centrão deve ser não-reformista, de manutenção do status quo e, em alguns casos, de busca do status quo ante, como na proposta de rever cláusula de barreira para salvar partidos nanicos. O que resultará dessa mistura ainda é incerto. Ademais, o presidente da República até o presente não demonstrou um compromisso crível com as reformas. A PEC 3/2021, que dificulta a prisão de parlamentares, foi o cartão de visitas do novo presidente da Câmara. Anunciam-se como pautas próximas: uma reforma eleitoral de resgate aos nanicos, com suas consequências de manutenção da fragmentação partidária e condições ideais de manutenção da dominância do Centrão; mudanças na gestão orçamentária, com mais flexibilidade para alocações diretas e direcionadas por parlamentares. 

Adeus ao espírito da Lava Jato

O Centrão vai buscar todas as formas de sepultar definitivamente a Lava Jato, inclusive banindo seu espírito do território nacional. A PEC 3/2021, apresentada abruptamente, despachava para o além a possibilidade de prisão de parlamentares, nas esferas federal e estadual. Em cima de uma suposta resposta à prisão do deputado Daniel Silveira, a PEC veio para colocar o Supremo Tribunal Federal em seu lugar.  Contudo, a derrota de Lira, que não conseguiu reunir força o suficiente para aprovar a PEC, apesar de todo o empenho feito, demonstra que as análises políticas precisam sempre ser vistas em suas nuances. O espírito lavajatista ainda presente na grande mídia e em parcelas da sociedade foi suficiente para demover os parlamentares de embarcarem na proposta de Lira. 

Sonâmbulos

Mais de 260 mil mortes; desemprego nas alturas; preços de produtos essenciais, como combustíveis e alimentos subindo; nova rodada de auxílio atrasada - tudo o que, em condições normais de temperatura e pressão, seria apontado pelos cientistas políticos, economistas, sociólogos e demais estudiosos da realidade social, levaria a uma revolução, não provoca mobilizações relevantes.  Se há ressentimento de massa, esse segue escondido na profundidade dos espíritos. Contudo, esse subterrâneo insondável é também instável, e tudo pode acontecer.  

Termômetro

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width="1/2" offset="vc_col-lg-offset-0"][vc_message message_box_style="solid-icon" icon_fontawesome="fa fa-thermometer-quarter"]

Geladeira

Depois de dominar as sessões da Câmara por três dias, a PEC 3/21 saiu de pauta nesta semana. A manobra orquestrada pelo presidente Arthur Lira para dificultar a prisão de parlamentares caiu mal na sociedade, no Supremo Tribunal Federal e entre os próprios congressistas. Batizada por seus críticos como PEC da Impunidade, a proposta terá de passar por uma comissão especial. Não há previsão de quando voltará ao plenário. O desfecho representa a primeira derrota de Lira à frente da Casa. Os 304 votos dados ao texto por sua admissibilidade indicam que, no momento, não há apoio suficiente para sua aprovação.
[/vc_message][/vc_column][vc_column width="1/2" offset="vc_col-lg-offset-0"][vc_message message_box_style="solid-icon" message_box_color="danger" icon_fontawesome="fa fa-thermometer-full"]

Chapa quente

O novo marco regulatório do gás deve ir à votação na Câmara na próxima semana. O relator, Laércio Oliveira (PP-SE), rejeitou as mudanças propostas pelo Senado. Como será analisado pela segunda vez pelos deputados, o projeto será enviado para sanção presidencial se for aprovado. O texto substitui o modelo jurídico atual para exploração do serviço de transporte de gás natural e para a construção de gasodutos, trocando a concessão pela autorização, e prevê mecanismos para viabilizar a desconcentração do mercado, no qual a Petrobras participa com 100% da importação e do processamento e cerca de 80% da produção.
[/vc_message][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_btn title="Deguste gratuitamente por 30 dias os produtos premium do Congresso em Foco" style="flat" color="blue" align="center" button_block="true" link="url:https%3A%2F%2Fcongressoemfoco.uol.com.br%2Fservicos-premium%2F||target:%20_blank|"][vc_btn title="Acesse tudo o que publicamos no site sobre as eleições" style="flat" color="success" align="center" button_block="true" link="url:https%3A%2F%2Fcongressoemfoco.uol.com.br%2Feleicoes%2F||target:%20_blank|"][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
-- O Farol Político é produzido pelos cientistas políticos e economistas André Sathler e Ricardo de João Braga e pelo jornalista Sylvio Costa. Design: Vinícius Souza. --
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

STF impeachment Sylvio Costa Jair Bolsonaro Ricardo de João Braga Maquiavel CFM Ministério da Saúde crime de responsabilidade André Sathler simone tebet Centrão fiocruz Cassação de Michel Temer hamilton mourão pandemia Instituto Butantan

Temas

Saúde Governo Congresso Farol Político
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES