Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Moraes suspende processo contra Gustavo Gayer após decisão da Câmara

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

AÇÃO SUSPENSA

Moraes suspende processo contra Gustavo Gayer após decisão da Câmara

Ministro do Supremo acolheu suspensão da ação penal aprovada pela Câmara. Investigação só será retomada quando deputado ficar sem mandato.

Congresso em Foco

31/10/2025 10:55

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (30) a suspensão da ação penal que tramitava na Corte contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). A decisão cumpre a resolução da Câmara dos Deputados, que aprovou, por 268 votos a 167, a suspensão do processo.

O parlamentar respondia por calúnia, difamação e injúria, em uma queixa-crime movida pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (PSD-GO). As acusações se baseavam em vídeos publicados nas redes sociais em 2023, nos quais Gayer ofendeu senadores e ministros e acusou parlamentares de vender votos na eleição para a Mesa Diretora do Senado.

"Determino a aplicação imediata da Resolução nº 30, de 2025, da Câmara dos Deputados, e declaro a suspensão desta ação penal em relação ao deputado federal Gustavo Gayer", escreveu Moraes na decisão.

Gustavo Gayer recebe cumprimentos efusivos do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, após a CCJ aprovar a suspensão do processo contra ele. Decisão foi confirmada posteriormente pelo Plenário.

Gustavo Gayer recebe cumprimentos efusivos do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, após a CCJ aprovar a suspensão do processo contra ele. Decisão foi confirmada posteriormente pelo Plenário.Lula Marques/Agência Brasil

A Constituição Federal assegura ao Congresso o poder de decidir, em até 45 dias, se um parlamentar poderá continuar respondendo a processo criminal no exercício do mandato. No caso de Gayer, a maioria da Câmara optou pela suspensão, o que paralisa a ação até o fim de seu mandato.

Ofensas e blindagem parlamentar

Nos vídeos que motivaram a denúncia, Gayer dirigiu ataques aos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Davi Alcolumbre (União-AP), além de acusar Vanderlan Cardoso e Jorge Kajuru (PSB-GO) de negociarem apoio político em troca de cargos em comissões. O caso foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes, que aceitou a queixa-crime e abriu a ação penal.

Na Câmara, a suspensão foi defendida pela liderança do PL e relatada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), que considerou as declarações de Gayer parte do "exercício da crítica política".

"As declarações, ainda que enérgicas e eventualmente controvertidas, foram proferidas no exercício do mandato parlamentar", alegou o relator.

A oposição, porém, reagiu. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a decisão cria uma "blindagem inaceitável" e esvazia o papel do Conselho de Ética. "O senador Vanderlan acreditou na Justiça. De que adianta, se os senhores fazem ressuscitar hoje a lógica da blindagem?", questionou.

Moraes nega visita de Gayer a Bolsonaro

Ainda na quinta-feira, Alexandre de Moraes negou pela segunda vez o pedido de Gayer para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. O ministro lembrou que o parlamentar é investigado em um caso conexo e, por isso, está proibido de se comunicar com Bolsonaro ou outros investigados. "Indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF", registrou Moraes.

Por outro lado, o ministro autorizou visitas ao ex-presidente pelos deputados Altineu Côrtes (PL-RJ) e Alberto Fraga (PL-DF), além do ex-piloto Nelson Piquet e do jornalista Alexandre Pittoli, entre 3 e 6 de novembro.

O que acontece agora

Com a decisão, a ação penal contra Gayer fica suspensa até o fim de seu mandato, salvo se houver nova deliberação da Câmara. O caso reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar, frequentemente invocada em processos por discurso de ódio e desinformação.

Para aliados, a decisão representa respeito à autonomia do Legislativo. Já críticos veem o caso como sinal de impunidade, num momento em que o Congresso e o Supremo travam tensões institucionais sobre liberdade de expressão e responsabilização política.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

gustavo gayer Vanderlan Cardoso Goiás Câmara STF

Temas

Justiça Congresso

LEIA MAIS

Comunicação

Hugo Motta usa meme para comemorar PEC e aproxima sociedade da Câmara

SEGURANÇA PÚBLICA

Hugo Motta defende voto distrital misto contra crime organizado

SEGURANÇA PÚBLICA

Hugo Motta: Câmara vai priorizar PEC da Segurança e projeto antifacção

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SEGURANÇA

Entenda situação da PEC da Segurança Pública na Câmara dos Deputados

2

Câmara dos Deputados

Comissão debate isenção de registro para professor de educação física

3

EDUCAÇÃO

Câmara aprova PEC que permite acúmulo de cargos por professores

4

SEGURANÇA PÚBLICA

Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas

5

Legislação

Nova lei caracteriza abandono afetivo como ilícito civil

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES