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Líder do DEM diz que pauta-bomba fere Constituição

Congresso em Foco

11/8/2015 | Atualizado 26/4/2018 às 15:58

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[caption id="attachment_204804" align="alignleft" width="285" caption="Mendonça votou a favor do governo, mas defende impeachment de Dilma "]Mendonça Filho" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2015/08/Mendonça-Filho.jpg" alt="" width="285" height="270" />[fotografo]Gustavo Lima/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]Na madrugada da última quinta-feira (6), um dos principais oposicionistas na Câmara, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), surpreendeu ao votar de acordo os interesses do governo na sessão plenária que aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 443/2009, um dos itens da chamada "pauta-bomba" patrocinada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com regras sobre aumento de salário para diversas categorias, a matéria significa aumento bilionário de gastos em plena crise econômica. Nesse sentido, o natural seria que um dos cabeças da oposição contrariasse o Executivo na hora do voto. Mas Mendonça não só votou a favor do Planalto como liberou sua bancada para que agisse livremente. Resultado: dos 21 deputados do DEM em exercício, 19 votaram diferentemente do próprio líder (apenas o baiano Claudio Cajado não votou). Na mesma sessão, só três petistas votaram com o governo e um se absteve; os demais apoiaram a PEC, considerada inviável pelo Planalto (veja a lista de votação). Nesta entrevista ao Congresso em Foco, Mendonça Filho diz que seu voto foi movido por "convicção" pessoal e observância à Constituição. Para o deputado pernambucano, ao menos três preceitos constitucionais foram desrespeitados na votação da PEC 443: o princípio da separação entre os Poderes; a exclusividade da Presidência da República em legislar sobre carreiras do Executivo; e a autonomia de estados e municípios. Além disso, pondera o oposicionista, a situação do país não permite gastos extras. "Do lado racional, está claro que o Brasil não aguenta [aumento de gastos com a folha]. Tenho o maior respeito pela carreira de procuradores, delegados, etc. e tal, mas é impossível você agregar uma carreira de ministro do Supremo Tribunal Federal até a [carreira] dos delegados estaduais, em uma conjuntura que tem diversidade de realidades locais", disse o deputado, defensor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mendonça Filho ressalta que não procede a acusação de que a oposição tem uma conduta de sabotagem ao votar projetos onerosos aos cofres públicos. "A pauta-bomba é do governo." De autoria do tucano Bonifácio de Andrada (MG), a proposição vincula a remuneração de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU), das carreiras de delegado da Polícia Federal e da Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal e dos procuradores municipais a 90,25% do subsídio percebido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para efeito de ilustração, o mais alto salário de um advogado-geral da União, que é de R$ 22.516,94, passaria a ser de R$ 30.471,10, uma vez aplicado aquele percentual sobre o teto do STF (R$ 33.763,00). O impacto anual da PEC, segundo a equipe econômica, é de R$ 2,4 bilhões no orçamento da União, uma conta que o governo não aceita pagar em tempo de ajuste fiscal. A proposta, que ainda precisa de nova aprovação em segundo turno antes de seguir para o Senado, cria ainda uma espécie de "gatilho salarial" para a AGU, com aplicação automática de reajuste todas as vezes em que houver aumento para os ministros do STF - dispositivo estendido a procuradores municipais de capitais e municípios com mais 500 mil habitantes. A PEC define ainda um escalonamento de reajuste para servidores das demais carreiras, desde que as diferenças entre um e outro padrão salarial não superem 10% ou sejam inferiores a 5% (veja mais na tabela abaixo). Conheça a tabela de remunerações definida na PEC 443/2009:
Carreira Remuneração atual Remuneração prevista Aumento
AGU Nível inicial: R$ 17.330,33 Nível final: R$ 22.516,94 Nível inicial: R$ 27.499,74 Nível final: R$ 30.471,10 Nível inicial: 59% Nível final: 35%
Delegados da Polícia Federal Nível inicial: R$ 16.830,85 Nível final: R$ 22.805,00 Nível inicial: R$ 26.124,75 Nível final: R$ 30.471,10 Nível inicial: 55% Nível final: 34%
Delegados da Polícia Civil do DF Nível inicial: 16.830,85 Nível final: R$ 22.805,00 Nível inicial: R$ 26.124,75 Nível final: R$ 30.471,10 Nível inicial: 55% Nível final: 34%
Fonte: Agência Câmara Notícias "Eu não quero colaborar para que, estruturalmente, a gente inviabilize o país do ponto de vista econômico", acrescentou Mendonça, com a ressalva de que o governo Dilma é o único culpado pela situação econômica e pelo descontrole sobre a base aliada. Caso ainda gozasse de "credibilidade", avalia o deputado, Dilma poderia ter mobilizado sua base de sustentação para retirar a matéria de pauta, inviabilizando sua aprovação. Ele dá como exemplo o que aconteceu no próprio partido de Dilma: dos 63 deputados petistas, 59 votaram contra a orientação do governo. Sem acordo As discussões em torno da "PEC da AGU" terão continuidade nesta terça-feira (11), com a votação de destaques e emendas de Plenário. Segundo Eduardo Cunha, a votação em segundo turno está condicionada à aprovação da PEC 172/2012, de autoria do próprio Mendonça Filho. Essa proposta proíbe a transferência de encargos a estados e municípios sem o aporte de recursos que garantam o custeio dos reajustes. Durante as votações da última semana, o líder do DEM chegou a apresentar emenda que contraria seu discurso de preocupação com as contas públicas. Mendonça apresentou sugestão à PEC 443 incluindo os cargos de auditor-fiscal da Receita Federal e do Trabalho, além da função de perito criminal federal, entre os contemplados com o reajuste definido na proposta. O texto do deputado, que promoveria ainda mais gastos para o governo, foi rejeitado porque obteve apenas 247 votos a favor (e 203 contra), quando 308 é o mínimo de adesões necessário para sua aprovação. Segundo Mendonça, seja qual for o destino da PEC, cabe ao governo impedir a votação da proposta - tarefa que deve ser facilitada com a nova postura governista do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem se comprometido a frear as retaliações legislativas de Eduardo Cunha. Mas, se depender do líder oposicionista, não haverá acordo com o Executivo em nome do ajuste ou da governabilidade de Dilma. "Até porque pacto pressupõe pauta, agenda, e nem agenda o governo tem. Acho que a melhor saída seria a presidente facilitar as coisas e renunciar", sentencia. Mendonça avisa ainda que, caso o Tribunal de Contas da União (TCU) reprove as contas do governo, em decisão que deve ser anunciada nas próximas semanas, ele encaminhará voto ratificando o parecer da corte e subscreverá um eventual processo de impeachment na Câmara. "Acho que a melhor saída seria a presidente facilitar as coisas e renunciar, se ela não tem comando, não tem liderança, e estabeleceu-se uma crise política que envolve a falta de credibilidade de uma presidente que prometeu algo na campanha e muitas coisas descumpriu já no terceiro dia [de segundo mandato]", avisou o deputado, garantindo presença nas manifestações do próximo domingo (16). Leia aqui a íntegra da entrevista Leia também: Mais sobre crise na base Mais sobre crise econômica Mais sobre direitos trabalhistas
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