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Ameaçada por deputados, advogada encerra carreira

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30/7/2015 | Atualizado 31/7/2015 às 16:09

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[caption id="attachment_203469" align="alignleft" width="285" caption="Catta Preta e um de seus ex-clientes, Paulo Roberto Costa: preocupação com integridade da família"][fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em entrevista exclusiva veiculada no Jornal Nacional (TV Globo) na noite desta quinta-feira (30), a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, que atuava em nove dos 22 acordos de delação premiada da Operação Lava Jato, fez graves acusações contra membros da CPI da Petrobras. Dizendo-se ameaçada por deputados que integram o colegiado, Catta Preta anunciou o fim de sua carreira na advocacia para preservar a integridade física de sua família."Não recebi ameaças de morte. Não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas", diz a advogada, em trecho da entrevista. Convocada para prestar esclarecimentos na CPI sobre a origem de seus honorários, Catta Preta diz que sua decisão está diretamente relacionada a um dos depoimentos do lobista Julio Camargo. Um dos presos que colaboram com a Justiça em regime de delação premiada, Camargo acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção na estatal. Em seus primeiros relatos, o delator não havia denunciado Cunha por "medo", diz a advogada. "Receio. Ele tinha medo de chegar ao presidente da Câmara", afirma Catta Preta, instada a comentar o que o teria feito mudar de ideia. "A colaboração dele, a fidelidade, a fidedignidade da colaboração. O fato de que um colaborador não pode omitir fatos, não pode mentir, o levaram então a assumir o risco. Aquele risco que ele temia, em levar todos os fatos à Procuradoria-Geral da República", acrescentou a advogada. Diante dos novos desdobramentos da Lava Jato, Beatriz Catta Preta já determinou o esvaziamento completo de seu escritório. Todos os funcionários foram dispensados e as salas desativadas. Depois de 34 dias de férias em Miami, ela ainda se diz "perseguida e intimidada". "Depois de tudo o que está acontecendo, e por zelar pela segurança de minha família, dos meus filhos, eu decidi encerrar a minha carreira na advocacia. Eu fechei o escritório", concluiu a advogada. Em ação paralela à decisão de Catta Preta, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a advogada não seja obrigada a prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras. Com críticas à CPI, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, já aceitou a solicitação da OAB. "É inadmissível que autoridades com poderes investigativos desbordem de suas atribuições para transformar defensores em investigados, subvertendo a ordem jurídica. São, pois, ilegais quaisquer incursões investigativas sobre a origem de honorários advocatícios, quando, no exercício regular da profissão, houver efetiva prestação do serviço", justificou o magistrado. Segundo o advogado de Eduardo Cunha, o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza, as declarações veiculadas no Jornal Nacional não têm sentido. Advogada criminal há 18 anos, Catta Preta é tida como uma das principais especialistas do Brasil em delação premiada, procedimento que exige dos depoentes provas justificando a concessão de redução de futuras penas. Marcada pela discrição, ela não costumava dar declarações públicas a respeito de seus trabalhos. Além de Julio Camargo, estavam entre seus clientes o ex-diretor e o ex-gerente da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, respectivamente. Recentemente, ela já havia desistido de atuar na Lava Jato. Fator Kroll Como este site mostrou mais cedo, a partir de informações do jornal O Estado de S. Paulo, os aliados de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras solicitaram ao grupo de espionagem Kroll que priorize as investigações justamente sobre o lobista Júlio Camargo. A ideia dos pares do peemedebista é desqualificar a versão apresentada por Camargo aos investigadores da Lava Jato de forma a demonstrar que ele descumpriu, ao omitir fatos, seu acordo de delação premiada, o que poderia levar à anulação do acordo. Dois dos maiores aliados de Cunha - Hugo Motta (PMDB-PB), presidente da CPI da Petrobras, e André Moura (PSC-SE), um dos sub-relatores do colegiado - foram responsáveis pela escolha de 12 dos alvos da empresa de espionagem. Ainda segundo a reportagem, apenas Cunha, Hugo Motta e André Moura, "em tese", têm acesso à lista de investigados da Kroll - empresa que foi contratada sem realização de licitação, o que provocou protestos na CPI. Membro do colegiado, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) diz que Motta esconde os trabalhos da Kroll.   Leia mais: Lava Jato: aliados de Cunha usam CPI para defendê-lo de delator Mais sobre CPI da Petrobras Mais sobre a Operação Lava Jato
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