CONGRESSO em FOCO nº 216 - Ano 22

"A responsabilidade é a sombra da autoridade."

Rui Barbosa

Encerramento

Na última semana, Hugo Motta fez um balanço do ano e comentou possíveis prioridades para 2026. Confira.

Disse que a reforma administrativa exige tempo e maturação e que o debate precisa envolver Executivo e Judiciário, esbarrando no calendário eleitoral de 2026. (Clique aqui)

Asseverou que o fim da jornada de trabalho 6x1 deve ir a Plenário no começo de 2026. (Clique aqui)

Ao contrário da leitura apressada de muitos, Motta observou que o PL da Dosimetria foi uma oportunidade de pacificação entre os Poderes. (Clique aqui)

Quanto às operações contra parlamentares, ele declarou que não faz pré-julgamentos. (Clique aqui)

Acerca da cassação do mandato de Alexandre Ramagem, afirmou que medida foi tomada para evitar um "estresse institucional". (Clique aqui)

No meio do fogo cruzado

Hugo Motta não evitou confrontos, foi atravessado por eles. Em um país profundamente polarizado, suas decisões o colocaram sob críticas simultâneas da esquerda, da direita e do Judiciário, sinal de que a escolha foi assumir o custo político das encruzilhadas, não fugir delas. Ao pautar temas de todos os campos, dialogar com visões opostas e recusar a lógica do "nós contra eles", o presidente da Câmara tenta esvaziar a polarização pelo método mais difícil: misturar agendas, dividir desgastes e obrigar o Parlamento a funcionar fora das trincheiras ideológicas. Pode não produzir unanimidades, mas talvez seja justamente assim, desagradando um pouco a cada lado, que se constrói algum espaço de estabilidade institucional.

Câmara em campo

Câmara dos Deputados vai instalar comissão especial para analisar o projeto de incentivo ao futebol feminino. (Clique aqui)

Comemoração

Presidente Lula comemorou o título conquistado pelo Corinthians ontem: "presente de Natal antecipado". (Clique aqui)

Direto da Redação

Desde as primeiras horas da manhã, um funcionário da redação deste nosso matutino Congresso em Foco dava inequívocos sinais de leve afastamento da realidade laboral. Olhar em ponto morto, digitação hesitante e uma curiosa vocação para a contemplação do vazio despertaram a atenção dos colegas mais atentos. A hipótese inicial foi clássica: cansaço de fim de ano, somado ao silêncio quase monástico do recesso parlamentar. Investigação posterior, contudo, revelou a verdadeira causa do desvio funcional: o Corinthians foi campeão, e o fato ocupou integralmente o espaço mental do referido servidor, desalojando pautas, prazos e até vírgulas. A Alta Direção desta casa, conhecida por sua rigorosa devoção ao trabalho bem feito, registrou que êxtase esportivo, embora compreensível, ainda não consta do rol oficial de causas excludentes de responsabilidade editorial. Deliberou-se, porém, por uma solução de equilíbrio institucional: vigilância redobrada sobre seus textos, uma vez que o autor escreve sob clara influência de hinos entoados em surdina, lembranças de arquibancada e uma fé alvinegra perigosamente renovada. Em suma: o teclado foi retomado, mas a alma segue no Parque São Jorge.

Medalha de honra

Após perder o mandato por excesso de faltas, Eduardo Bolsonaro reagiu em tom de desafio. (Clique aqui)

Sucessor

Com a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por faltas, o Missionário José Olímpio assume a vaga na Câmara dos Deputados. (Clique aqui)

Exclusão automática

Tendo sido cassado e, portanto, já não ostentando a condição de parlamentar, Eduardo Bolsonaro também perdeu - por decorrência lógica e quase pedagógica - o direito de figurar neste site, dedicado a quem ainda exerce mandato. De modo que, até segunda ordem, as patacoadas (ou seriam bananadas?) do referido cidadão deixam de frequentar este espaço. É bem o momento de dizer: vai tarde.

Suplente na área

O suplente de Ramagem é o Dr. Flávio, atual secretário de Agricultura do Rio de Janeiro. (Clique aqui)

O dissidente

Antonio Carlos Rodrigues foi o único deputado do PL a assinar as cassações de Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro na Mesa Diretora da Câmara. (Clique aqui)

Orçamento secreto

Flávio Dino suspendeu a tramitação de um dos artigos do projeto de lei da redução de isenções fiscais. O trecho em questão autoriza o pagamento de restos a pagar de emendas de 2019 e 2023: período de vigência das antigas emendas de relator, conhecidas como Orçamento Secreto. (Clique aqui)

Operação Uruguai

As explicações do deputado Sóstenes Cavalcante sobre o dinheiro encontrado em sua casa pela PF estão dúbias. Ou ele prova o que disse, ou estaremos diante de mais uma rocambolesca história da política brasileira. (Clique aqui)

Busca implacável

Deputado Carlos Jordy reagiu com indignação à operação da Polícia Federal, a qual chamou de "perseguição implacável". (Clique aqui)

Cofres no Planalto

Polícia Federal deve ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro em 30 de dezembro, após a localização de documentos e bens dele em dois cofres no Palácio da Alvorada. (Clique aqui)

Workaholic

Senador Eduardo Girão defendeu a suspensão do recesso parlamentar para dar continuidade aos trabalhos da CPMI do INSS e instalar a CPI do Banco Master. (Clique aqui)

Orçamento aprovado

Congresso aprovou a Lei Orçamentária Anual de 2026. O texto prevê a destinação de R$ 61,4 bilhões em emendas e R$ 4,9 bilhões ao Fundo Eleitoral. O salário mínimo ficou definido em R$ 1.621,00. (Clique aqui)

Economia em queda

A economia brasileira registrou retração de 0,3% em outubro. Apesar do recuo mensal, o trimestre encerrado em outubro avançou 1,5% sobre igual período de 2024, sinalizando crescimento sustentado. (Clique aqui)

China segura o baque

Alta das exportações para a China compensou a queda nas vendas aos EUA após o tarifaço de agosto. Segundo a FGV, embarques ao mercado chinês cresceram quase 29%, enquanto os americanos recuaram 25%. (Clique aqui)

Isenção amplia renda de docentes

Nova faixa de isenção do Imposto de Renda beneficiará mais de 600 mil professores da educação básica, segundo o Ipea. (Clique aqui)

Crescimento perde fôlego

IFI projeta desaceleração da economia em 2026, com crescimento de 1,7%, após avanço maior em 2025. (Clique aqui)

Crise humanitária

Em sua última reunião na condição de presidente do Mercosul, Lula expressou preocupação com a escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela. (Clique aqui)

Acidente aéreo

Deputado Maurício Carvalho sofreu acidente aéreo junto ao vereador Márcio Pacele, de Porto Velho. A aeronave que os transportava caiu no distrito de Extrema, nos arredores da capital roraimense. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. (Clique aqui)

Retaliação?

O prefeito de Marabá, Toni Cunha, publicou um vídeo em suas redes sociais reclamando do cancelamento de um show do cantor Zezé di Camargo em seu município, que seria pago pelo Ministério do Turismo. De acordo com ele, a decisão serviu para retaliar contra o artista em meio à polêmica envolvendo o SBT. (Clique aqui)

Projeto de Orlando Silva, Talíria Petrone e Túlio Gadêlha torna obrigatória a remuneração de todos os estágios, inclusive os curriculares obrigatórios. (Clique aqui)

Direito ao fôlego

Deputado Cabo Gilberto Silva apresentou projeto para garantir duas horas de descanso remunerado a cada jornada ininterrupta de oito horas ou mais de motoristas de ambulância. (Clique aqui)

Cuidado animal

Com objetivo de estabelecer regras claras e garantir maior proteção aos animais, o deputado Marcos Tavares propôs a chamada Lei Xena, voltada à regulamentação da profissão de passeador de animais domésticos no Brasil. (Clique aqui)

Bíblia nas escolas

Deputado Hélio Lopes apresentou o projeto de lei que propõe a leitura de trechos bíblicos como recurso didático em instituições de ensino públicas e privadas. (Clique aqui)

Atividade esportiva

Chico Alencar quer reconhecer o montanhismo como atividade de interesse esportivo, cultural, socioeducativo, recreativo e ambiental em todo o país. (Clique aqui)

Regulamentação profissional

Projeto apresentado por Alice Portugal busca reconhecer a profissão de instrutor de fanfarras, bandas marciais e liras cecilianas. (Clique aqui)

• Questão de Ordem

Fiscal fatigue

Em coluna, o economista Marcus Pestana alerta que exceções às regras, metas rebaixadas e aumento de impostos corroem a credibilidade do arcabouço fiscal e tornam inevitável um ajuste para conter a dívida. (Clique aqui)

Quem controla o controlador?

Luiz Alochio, doutor em Direito, questiona se o Brasil vive apenas uma revisão judicial abusiva ou o surgimento de um Judiciário que atua como agente central de práticas autoritárias. (Clique aqui)

Conta no prato

Thaís Fagury, presidente executiva da Prolata e da Abeaço, afirma que o protecionismo em favor de um fornecedor único de aço pode elevar o preço da cesta básica, eliminar empregos e gerar retrocesso ambiental. (Clique aqui)

Dose de realidade

Alexandre França, presidente da MedQuímica, afirma que o avanço dos genéricos, do autocuidado e da regulação mais rigorosa fortalece o setor, mas impõe desafios de custos, inovação e eficiência. (Clique aqui)

Trade wake-up call

Gerente de projetos e marketing da Abimo, Larissa Gomes afirma que o tarifaço dos EUA sobre dispositivos médicos expôs a dependência de poucos mercados e reforçou a urgência de diversificar destinos e fortalecer a indústria nacional. (Clique aqui)

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